Tem algumas coisas que não voltam mais. Nunca voltarão. Houve um tempo em que tirávamos fotos não para colocar no Orkut, mas para guardarmos de recordação. Era pessoal. Não existia câmera digital, então tirávamos as fotos e nunca sabíamos como elas ficavam até podermos revelá-las, o que acontecia somente depois de terminarmos o filme, que tinha ora 12, ora 24 poses (nunca comprávamos os maiores[não que eu me recorde...]).
E olhar velhas fotos nos remetem a tempos que não voltam mais. Pessoas que já não existem. Lugares aos quais nunca poderemos voltar. De certa forma, é triste. É a vida. Um dia também seremos apenas lembranças em uma foto manuseada por outrem, digitalmente ou não.
Seremos apenas velhas fotos.
Na verdade, já sou, em parte, velhas fotos. Fotos de fatos que representam aquilo que fui um dia. Fatos de um eu-que-já-morreu.
E, para 'comemorar' isso, resolvi deixar neste lugar, três dessas imagens. Imagens de mim, pedaços de mim.
Algo que talvez eu tenha sido, em um lugar muito distante daqui...
Foto 1 - Dos tempos em que eu ainda tinha uma mãe...
Foto 2 - Para provar ao mundo que um dia já fui bonito.
Foto 3 - Para tentar parecer que um dia já fui estudioso.
A quem passar por aqui, um abraço.
E tenha uma excelente vida...
A gente passa pelos lugares na hora exata em que deveríamos estar ali. Por um motivo ou por outro, estamos sempre onde deveríamos estar. Esse olhar faz a vida ser mais bonita, faz com que ela pareça ter um pouco mais de sentido...
ResponderExcluirGrande abraço!
É engraçado... eu sou da era das câmeras digitais, mas peguei uma parte do tempo em que fotos eram tiradas e só podiam ser apreciadas depois de reveladas.
ResponderExcluirAs pessoas brigavam pelas melhores fotos, e de vez em quando aconteciam furtos, rs.
Era bem mais divertido. Tinha o famoso "olha o passarinho", "diga x"... pena que perdemos esses valores.
Mas existem as lembranças ainda né?!
Muito bom Giordano!
Abraço ^^
Giordano,
ResponderExcluirComo eu me lembro dessa época, e, da preciosidade que era apertar o botão da máquina...tinha de olhar bem o ângulo, prestar atenção no foco e talz, e aguardar... Não se tinha essa ânsia (que hoje também sou vítima) de ver logo o resultado, e se não gostar apagar...Confesso que sou amante da fotografia, mesmo que dessa forma mais por quantidade do que por qualidade...mas, o que sinto falta mesmo é de pegar, tocar a fotografia... Não que hoje não seja possível revela-las...Mas, eu mesmo sempre adio...
(Este texto foi recheado de um ar melancólico...)
Gostei muito!
^^
Bia,
ResponderExcluirOu não... rsrsrs
Na verdade, há momentos em que estamos no lugar errado, na hora errada.
Rodrigo,
Foi um tempo bom... a expectativa que antecedia a retirada das fotos...
Agora é tudo muito diferente, o que não quer dizer que seja pior.
Yeruska,
Que bom que você lembra...
Esse texto foi recheado, sim, de um ar melancólico. Mas eu sou assim mesmo, ou assim me considero: melancólico.
E viva os dias nublados...
Sim! Viva os dias nublados, e os pingos de chuvas...que, meu Deus, onde estão???
ResponderExcluir^^
Um abraço...
Cara eu dizia que a maior invenção do homem havia sido a criação da máquina fotográfica...pois era a única coisa que conseguia guardar 1 segundo da vida...eu ainda acho isso. Porque depois das digitais, esse ato de manter um segundo da vida se tornou tão banal, que as cenas passaram a ser artificiais do tipo (essa não ficou legal, tira outra!" Eu sempre gostei da fotografia "analógica" por poder capturar os nossos defeitos e não em escondê-los...é isso que nos torna humanos...é isso que esquecemos quando fomos digitalizados.
ResponderExcluir