quarta-feira, 27 de junho de 2012

Textos e + Textos...

Escrevo. Escrevo porque gosto, e pouco me importa se alguém lê ou não, apenas sigo escrevendo. Costumo pensar, dizer, escrever e reclamar que minhas palavras escritas são melhores que as faladas. Mentira. Falácia, apenas. A verdade (se é que existe uma verdade) é que eu nem sei como soam minhas palavras, sejam elas escritas ou faladas, nas mentes e ouvidos dos outros. Tudo o que eu tenho é a parcialidade. Mentira, tudo o que tenho é a parcialidade e muitos espelhos. Ah, espelhos tenho aos montes - um para cada ocasião. Há os que deixam gordo, magro, alto, baixo e até os que me fazem parecer inteligente. Tudo depende exclusivamente daquilo que escolho ver. Enquanto isso, sigo escrevendo. E já escrevi centenas de textos. Muitos deles - talvez a maioria - impublicáveis. Há os que eu mesmo não ouso reler, há os que tenho orgulho de ter escrito, e há aqueles, como este por exemplo, que me são totalmente indiferentes. Há também os contos. De vez em quando surge alguma inspiração proveniente de algum canto hediondo da minha alma que me compele a escrever. Mesmo não querendo, acabo por ser obrigado a isso. É como uma espécie de pressão. Nessas horas, a única forma de retirar o assunto da minha mente é colocando-o neste depositário insólito e esquecido de pensamentos vãos. Assim, vão os pensamentos vãos, como vã vai seguindo a vida, enquanto eu vou contando os dias cotidianamente, refletindo em vão, fugindo em vão, preocupando-me em vão. Ah, que tal deixar tudo de lado hoje e apenas viver o dia? É. Acho que assim é ótimo. Como disse o poeta, "eu vivo um dia de cada vez". O resto é um puta de um vão, isso sim. E chega de teorias por hoje!

domingo, 24 de junho de 2012

Enquanto isso...

Tenho pensado muito, e escrito pouco. Gosto de escrever, pois me ajuda a entender as coisas, e, como até já devo ter escrito neste blog, eu gosto de entender as coisas. Gosto de saber como as coisas funcionam. Talvez eu me apegue demasiadamente a teorias, regras e fórmulas que tornem minha vida possível. Será? Sinceramente não sei. Mas penso e escrevo, na esperança de descobrir. Na esperança de me descobrir.
É o que faço agora - procuro-me. Estou naquela fase de ficar reconstituindo mentalmente os passos que dei até chegar onde estou, para tentar perceber o que deixei pelo caminho. Ou mesmo para descobrir onde vim parar. Já tomei tantas estradas na vida que uma alternativa que não descartei foi eu ter errado a entrada em algum trevo qualquer. Se ao menos eu tivesse um GPS para me guiar de volta, ou para recalcular a rota... mas não. A única alternativa que resta em nossas vidas (ou ao menos na minha), é seguir em frente, torcendo para encontrar aquela paisagem que faz a gente pensar: "é por aqui mesmo, eu reconheço este lugar, sei que estou no caminho certo...". Enquanto isso...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Miojo

Escrito há uns dias atrás, por detrás de uma neblina espessa de uma noite chuvosa de inverno...



Fiz um miojo. Mas não foi um simples miojo, foi um 'miojão'. Não foi minha culpa, é que eu sou assim mesmo - Miojo. Sou fast. Bem, talvez eu nem seja, mas me considero assim. Rápido. Prático. Sem graça. Se algo é extremamente difícil costuma ser demais pra mim. A não ser quando eu encasqueto (se é que essa palavra existe (se é que, essa palavra existindo, se escreve dessa forma)). Sou teimoso também. Será que alguém já imaginou um miojo teimoso? Eu sim; eu sou. E nem me acho um imediatista, ou nem me achava - sempre fui de me achar paciente. De ver e rever; virar e olhar novamente do outro lado. Agora não, agora parece que só enxergo o lado de cá..
E tem dias que é maravilhoso olhar o lado de cá. Outros dias, no entanto, são tão cinza-escuros que fica difícil ver as cores. Resta a fé. Dizem por aí que a fé é uma certeza a respeito do que não se vê. Então, nos meus invernos interiores, devo simplesmente acreditar que as cores estão aí, e torcer para o sol aparecer para que eu consiga vê-las novamente.
Enquanto isso espero. Fazendo miojos teimosos...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Paradise


Paradise. Em inglês, paraíso. Paradise não sai da minha cabeça. Acho que vou surtar. Não, acho que já estou surtado. É como uma droga, sabe... toda a vez que fecho os olhos – meus pés saem do chão. É estranho, mas belo. 

E agora, não só quando fecho os olhos, mas quando caio em mim. É bom. E eu sei que não é pra sempre. Diz a canção que o pra sempre, sempre acaba; mas eu não ligo. Alguns chamam a isso de euforia, bipolaridade ou mania. Eu chamo de whooooooaaaaahh! Meu geronimo particular. Assim mesmo, sem o acento circunflexo no ‘o’: geronimo.

É como eu chamo aquele lugar que há em mim – e há em cada um de nós – onde os pesadelos acabam e os sonhos tornam-se sólidos. É a glória.

E eu sei que Tenório entenderia exatamente o que quero dizer...