Para começar, a liberdade não é o que a muitas pessoas pensam que é. Você é livre? Eu sou livre? Afinal, o que é a liberdade? Há muita gente que pensa que a liberdade é fazer aquilo que se quer a hora que se quer, mas a ninguém é dado o direito de fazer isso. A constituição nos reserva o direito de ir e vir com ou sem nossos bens dentro do território nacional, mas experimente tentar passar com seu carro pelo pedágio sem pagar a maldita taxa, e depois me responda se existe essa liberdade. Além disso tem aquela historinha de que nossa liberdade terminaria, em tese, onde a do outro começa.
Não estamos totalmente livres, mas não somos cem por cento escravos (talvez algumas exceções aqui). E com certeza há muitas outras antíteses embutidas nos conceitos de liberdade e controle. Uma pessoa é livre para usar drogas, se quiser. Se for pega fazendo isso, pode ser presa e privada de sua liberdade, e, se continuar a usar, pode virar escravo do seu próprio vício. Onde está a liberdade neste caso?
Somos livres para transitarmos dentro de nossas próprias crenças e dogmas e regras e leis e tudo o mais que inventamos para nos CONTROLAR. Sim, acho que controle é uma palavra que deve ser muito bem analisada, pois o controle está à nossa volta, e por toda a parte. Nosso tempo é controlado, nosso trabalho é controlado. Nossa vida é permeada pelo controle (me lembre de assistir ao filme ‘Controle Absoluto’).
Mas afinal de contas, o que é o controle? E o que significa controlar? No trabalho, por exemplo, o chefe pensa que nos controla, mas na verdade é controlado por outro chefe, que tem outro superior que o controla (...), o qual é controlado por uma diretoria, que define os rumos da empresa, e, por sua vez, é controlada pelo mercado, que é um trem totalmente desgovernado, embora existam governos que pensam que o controlam... O vídeo "Panóptico", que postei aqui, diz muito a respeito do controle. Nas organizações, sofremos muitas formas de controle. Temos controle dos superiores, auto-controle, controle dos colegas, (os quais também controlamos), e até as máquinas nos controlam. Existe até gerente de controle... Mas a verdade que me parece implícita em toda essa overdose de controle a que nos submetemos dioturnamente, é de que o controle, assim como quase tudo nesta vida, é muito relativo e subjetivo. Há empregados que controlam patrões, esposas que controlam maridos (ou vice-versa), animais de estimação que domesticam seus donos, e até crianças que subjugam seus pais (por favor, chamem a Supernanny!!!). Por isso penso que o controle deve trabalhar, assim como o tempo, a nosso favor. E cabe a nós não nos tornarmos escravos do controle ou do tempo, pois essa é a única alternativa para vivermos e trabalharmos com mais qualidade de vida, que eu imagino ser o objetivo de todos.
Para variar, comecei falando num assunto e terminei em outro. Se alguém de fato ler isso, haja paciência né! E dê-lhe Pink Floyd! Esta, sim, é uma superbanda. E disso estou cem por cento certo...
(A propósito, a figura que postei acima é um modelo de estrutura construída como relata o vídeo. Argumentos, contra-argumentos e opiniões fique à vontade.)
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