Acho engraçado, e sei que não sou só eu, o alvoroço a respeito da passagem do ano velho para o ano novo. Muita gente agindo como se tudo fosse mudar - só que não muda. Ok, talvez eu esteja sendo meio dramático, mas que se dane! É o que eu penso. O ano novo começou, e agora? Nós provavelmente seremos os mesmos, a agir da mesma forma,
baseada nos mesmos princípios. Ainda nos consideraremos loucos, seja pela forma
como agimos, seja pela forma que pensamos, seja pela forma que sentimos. Vamos
pensar que somos diferentes, sem dar-nos conta de que nunca fomos tão iguais
uns aos outros. Vamos passar em um concurso, trocar de emprego, trocar de amor,
terminar um curso superior ou uma pós – e a engrenagem que move o mundo não vai
parar, quer façamos todas essas coisas, quer não façamos nada. E, se amanhã,
algum de nós não estiver por aqui, poucas pessoas vão se desesperar, alguns vão
chorar e sentir a tua falta, e muitos vão lamentar
“Que pena, era uma boa
pessoa. E a vida segue...” O universo, no entanto, não notará a tua falta. (Ele nem sabia que você existia mesmo!)
Posso estar sendo um pouco melancólico demais aqui, mas nós vivemos nossas vidas muito baseados no "tomara".
Tomara | que seja bom.
| que amanhã melhore.
| que faça sol.
| que amanhã chova.
| que tudo se resolva.
| que eu seja feliz para sempre.
Esperança. Talvez seja isso que nos leve a crer que as coisas serão diferentes. Mas não é o bastante. E tudo o que se precisa para que as coisas sejam diferentes é muito mais simples e está muito mais próximo do que a gente imagina. Está tudo aqui, dentro de nós. É a forma como observamos as coisas que faz com que percebamos o mundo e nossas vidas de forma diferente. É preciso ver a beleza oculta nos detalhes. É preciso olhar com os olhos de uma criança, e ver mais do que aquilo que está na imagem.
O ano novo pode acontecer a qualquer momento, num piscar de olhos.
Ou pode ser que vivamos eternamente em coma...
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