Era dia 13 de maio de 2009. A vida era outra, os planos não eram os mesmos, e eu não sabia de muita coisa (se é que de alguma coisa sabia). A única certeza que eu tinha, naquele tempo, era que queria escrever. Escrever no sentido de botar para fora muito do que havia aqui dentro; muito do eu que gritava; a parte de mim a quem nem eu mesmo dava ouvidos ou atenção. Ao menos acho que era assim.
E isso foi bom.
Não tanto para que outros me lessem, mas para que eu pudesse entender uma parte de mim. Por isso criei o blog: para que funcionasse como um espelho acerca do que sentia e pensava. Funcionou. Passei a sair um pouco de mim para olhar-me com olhar de fora.
Hoje, porém, não sinto tamanha necessidade, e fui deixando as linhas cada vez mais ao lado. Tanto que já tem mais de ano que não escrevo nada por aqui. A vontade de escrever, além de não ser tanta, passa com a mesma efemeridade com que surge. Mas ela ainda vive; ainda está aqui dentro. E eu a posso sentir.
Porém o mundo ao meu redor mudou drasticamente desde que abri esse espaço. Hoje as coisas são diferentes. E considero minhas opiniões não formadas um tanto controversas para colocá-las a público. Além disso, não passam de opiniões quase vazias, baseadas praticamente em minha visão alienada de mundo.
Os próximos capítulos dirão se ainda escreverei mais por aqui ou se tirarei o blog do ar. Veremos. Por enquanto, parabéns...