Posso amar e posso ser amado. Acho que isso é a melhor coisa que alguém já inventou: o amor. Acredito que esse alguém seja Deus, e quem duvida de mim não pode provar o contrário... então, sigo acreditando.
Meio estranho rechegar assim de susto e largar uma coisa assim no blog. A tradição manda que eu dê alguma explicação do porquê de estar tão sumido do blog e por tanto tempo. Mas a tradição não tem poder sobre mim, então eu ignoro o protocolo e deixo as palavras acontecerem; afinal, palavras são só palavras. Ou será que não? Ah... você sabe que não, assim como eu também sei. A palavra pode ser qualquer coisa. A palavra é tudo o que existe ou já foi criado; a palavra é a morte e a vida. É a ressurreição de um blog moribundo. Pela palavra Deus criou o mundo, segundo a Bíblia; e, concordando ou não, todos hão de concordar que isso é muito poético. E na vida de muita gente eu vejo faltar a poesia; a palavra; o amor. Tente colocar amor em tudo o que você vê, e passará a ver coisas diferentes das que sempre vê. A gente vê, mas não enxerga. Olha e finge que não vê. Enxerga e finge que não sente.
Posso amar e ser amado. Eu tenho esse poder. Todo mundo tem. Pouca gente usa.
Eu amo amar. Amar faz com que as outras pessoas sintam-se bem, e eu gosto de fazer as outras pessoas sentirem-se bem. Se sou bem sucedido, é outra história... até onde entendo a vida, são nossos atos que nos definem, e não nossos pensamentos. De que aproveita o mundo se eu penso muito e não faço nada? Que tipo de ser humano eu seria? E o que dizer daqueles que pensam uma coisa e fazem o contrário? Hipócritas? Não, eles são apenas descuidados. Hipocrisia seria, em tese, pregar uma coisa e fazer outra. Isso numa concepção minimalista. Fingimento, falsidade, mentira. Acho que cabe tudo isso, só que é impossível mentir para si mesmo. Enganar a si é como desviver... é fantasiar. Há quem prefira isso a uma vida de verdade; eu não. Eu gosto é do sentir, do falar e do fazer. Eu gosto de amar e de escrever.
Mas gostar não é fazer...
Nesse tempo afastado do blog, nunca larguei as linhas. Tive longas e duras conversas comigo mesmo. Algumas permaneceram apenas em minha mente, e outras estão arquivadas em algum arquivo digital qualquer. Não importa.
Talvez viver seja amar, e talvez seja experimentar, aprender e escolher caminhos. Escolhemos caminhos todos os dias, desde que nascemos. E nascemos de novo todos os dias, aprendendo a refugar o que não gostamos e nos faz mal e a querer mais o que é gostoso e nos faz bem. Se soubermos fazer isso todos os dias, a tendência é de nos tornarmos pessoas mais fortes.
Mas (e quase sempre há um mas em tudo), as coisas não são tão simples quanto parecem. Sempre pode aparecer em nossa vida um estelionatário, tentando induzir-nos ao erro a fim de obter de nós qualquer vantagem que, mesmo não sendo ilícita, não é sua por direito (e aqui vou afirmar, sem dar exemplos, que é possível apropriar-se de algo que não é seu por direito sem cometer ilícito).
E acho que já escrevi por demais palavras desconexas por uma semana inteira, como é do meu feitio. Mas quem me conhece sabe que sou assim: desconexo, impaciente, prolixo, reticente. Um homem de poucas ideias e muitas antíteses. Ao menos assim é que enxergo do meu lado do espelho