terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Impossível e o Nunca


Impossível? Nunca me diga isso! Impossível, como diz a canção, é só questão de opinião.
Enquanto isso, o nunca teima em acontecer todos os dias.

E você, de que duvida?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Entre Rosas e Espinhos: Sobre Viver e Sobreviver


Viver é, muitas vezes, não ter a vergonha de ser feliz. E outras vezes é não ter a vergonha de sofrer. E acho que não precisamos esconder nem uma coisa, nem outra. Li em algum lugar uma frase da Martha Medeiros que dizia que era preciso viver a dor também. Era isso ou mais ou menos isso, mas eu concordo com ela. Não acho, porém, que devemos nos prender à dor - devemos deixar que ela se vá, e procurar a felicidade; só que não podemos também viver uma felicidade alienada e sem motivos. Não podemos fingir que as dores não existem e que nosso caminho são rosas - não podemos ignorar a presença dos espinhos. Às vezes viver, outras sobreviver. Viver a dor e deixá-la ir embora, acho que é por aí o caminho, embora eu ache que acho muita coisa e pouco saiba, ou quase nada. O que sei é que somos seres impermanentes. Não mudei minha opinião de que tudo muda constantemente. Olhe à sua volta, e preste atenção aos detalhes. Olhe sua vida há um ano atrás e compare com o agora, e me diga: você não mudou?
O mundo está mudando, as pessoas idem. Nós inclusive! Mas isso não precisa ser ruim a menos que você queira que seja assim. A chave da felicidade ou da tristeza não está nas mãos de ninguém além de você mesmo. Então, se você quiser mesmo ser feliz, sugiro que levante do sofá agora mesmo e faça alguma coisa. Afinal de contas, o mundo gira muito rápido.
Até quando você pretende ficar aí, parado?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Onde Os Fracos Não Tem Vez...


Todo mundo tem o seu lugar no mundo. Na verdade, a gente ocupa uma espécie de ‘espaço invisível’, que é só nosso. É como se fosse a nossa casa, só que não é algo físico, é algo além disso. Nem sei explicar como é, não sei se me faço entender aqui, e precisaria pensar mais sobre isso para elaborar melhor, mas ao invés disso resolvo escrever, mesmo sem saber. O que sei é que este espaço é confortável e repleto de espelhos (olha só os espelhos de novo...). E chegamos a nem nos enxergar fora deste lugar - ele é o nosso contexto; nosso norte. É como nos posicionamos de acordo com as coisas e com os outros que nos cercam.
Agora, imagine-se sem nada disso. O que sobraria?
Você. Sobraria somente você. Você conseguiria viver consigo mesmo, fora desse contexto e destes espelhos que te cercam? Ousaria experimentar essa viagem? Descobrir que você nem é você mesmo, ou o que pensava que fosse, pode ser uma experiência única e muito poderosa. E pode ser que você seja maior do que jamais imaginou, e mais forte e grande do que todos pensavam - e eles eram apenas limitadores de tamanho e velocidade.
Ah, não estou te convidando a fazer isso, apenas estou tentando te fazer imaginar um mundo em que você não é você mesmo. Um mundo onde você é uma outra pessoa que jamais pensou que pudesse ser. Mas nascer de novo não é para todos, definitivamente, pois um novo parto nunca é uma experiência agradável e sem dor. Só que às vezes é necessária.
Se isso acontecer um dia, apenas lembre-se de ser feliz, de conquistar uma nova vida, tentando não se encaixar em nada nem em ninguém. Apenas faça de sua vida uma jornada em busca da felicidade daqueles que estão contigo, pois é assim que e tua felicidade virá. Espalhe flores pelo caminho, não porque deseja que os outros te sigam, mas porque o caminho por onde você anda deve ser belo. Você deve ser belo, pois foi o que nasceu para ser. Não dê mais atenção ao espinho que às rosas. Não devolva na mesma moeda. Faça alguém feliz, quem quer que seja, a cada dia, seja com um sorriso ou com uma palavra.
Sim, há vida após a morte. Mas só os que passaram por esta podem saber o quanto aquela pode ser bela.
Quer saber como é? Então olhe nos meus olhos, pegue na minha mão, e eu vou te mostrar tudo aquilo que você nunca quis ver. Você só tem que confiar em mim...

domingo, 19 de setembro de 2010

Entre Letras e Palavras, e Outras Coisas Mais...

Não quero mais as palavras, mas elas insistem em me perseguir! Ficam me seduzindo, e acabo escrevendo e escrevendo... aff! Nem sei mais o que quero, só sei do que gosto e do que não gosto. E às vezes nem isso sei. Um dia depois do outro - repito a mim mesmo. Quase um mantra, se eu soubesse o que um mantra significa.
Os significados me escapam, e tem dias em que nada faz sentido, mas não me importo. Amanhã tudo vai ser diferente e novo. De novo. Eu acho. Ou será que não? Ah, não quero pensar em amanhãs e depois de amanhãs. Como diz a música, ‘amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais...’ Nem entendo o que isso quer dizer, mas sei que é legal. Nenhum de Nós é legal. Nós também podemos ser legais. Podemos ser felizes. Podemos ser loucos. Rir da vida e de nossa própria graça ou desgraça, tanto faz, desde que possamos rir.
Somos seres multipolares. Somos crianças e adultos; pobres e ricos; tristes e felizes; vivos e mortos; engraçados e desgraçados. Não temos passado nem futuro; nu entramos neste mundo e nu sairemos dele. Então é bom já ir se acostumando a andar sem roupas, talvez. Tirar uma peça por vez, uma máscara por vez. Se bem que as máscaras são mais difíceis e pesadas de serem retiradas, então é bom começar por elas. Eu já comecei, por sinal. A primeira máscara que tirei foi a do coitadinho infeliz. Achei que nem conseguiria, mas depois que a retirei, comecei a me sentir mais leve instantaneamente. Estranho, porque eu nem sabia que ela era tão pesada antes de retirá-la, e fico pensando que a gente não sabe das coisas, não sabe de nada até que tudo aconteça. E depois que acontece, aí sim que não sabemos mesmo.
Entendeu? É, nem eu entendi, nem quero. Não tenho a missão de entender as coisas, vim a este mundo com a missão de viver até o fim da vida, quando puxarem o plugue. Só que eu não vou morrer. É isso mesmo, não vou morrer. Sabe por quê? Porque vai ficar muito de mim neste mundo. Um pouco de loucura, acredito.
No fim das contas, as palavras que me perseguem incessantes serão tudo o que de mim ficará por aqui. Não que isso seja muito, mas ao menos não é nada. Nada mais do que simples letrinhas.
Malditas letrinhas...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Liberdade?





A liberdade não existe, mas é claro que eu já sabia disso. Apenas que somos livres para escolhermos a prisão na qual seremos trancafiados - isso é o mais próximo da liberdade que ouso acreditar. E não penso mais que a liberdade seja poder fazer o que se quer e quando se quer, essa não passa de uma definição infantil desta palavra. Uma definição que não condiz com a sua grandeza. Liberdade é poder viver um dia de cada vez. É poder ser feliz, triste ou louco. É poder dançar, cantar, pular e correr. É poder sofrer atirado ao chão ou gargalhar das coisas mais bobas que existem. É poder vencer e ser derrotado; viver e morrer a qualquer hora e sem nenhum motivo.
O lado bom? Tudo isso cabe em cada um de nós.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Solidão

Faz tempo que não dou as caras por aqui. Não, não são as muitas atividades que me impedem - elas nunca tiveram poder sobre mim. Tampouco é a falta de inspiração para escrever. É outra coisa que não me deixa em paz: as palavras.
Tento encontrá-las e elas me fogem. E descubro que elas não existem. As palavras certas não existem, apenas o que há são palavras repetidas, cujas combinações não me agradam.
E agora que me vejo completamente só, de uma solidão que chega a ser palpável, as palavras apenas perderam-se no vasto silêncio do meu nada. Elas estão lá, jogadas a esmo, e eu apenas não sei o que fazer para juntá-las. Na verdade eu não quero juntá-las. Não quero juntar nada agora.
E enquanto isso eu respiro. Enquanto isso eu sou apenas aquilo que consigo ser. Ou o que preciso ser, quando preciso. Mas tudo isso é tão impreciso que eu não sei como precisar exatamente. O nada é tão cheio de novidades silenciosas que não tenho como explicá-lo. Não há metáforas ou mesmo antíteses. Não há o que escrever ou o que descrever. Assim é minha solidão, ora melancólica e solitária; ora alegre e bem humorada. Coisas misturadas numa massa heterogênea. Ora tudo, ora nada; ora tudo e nada ao mesmo tempo.
E eu nem ao menos sei o que é isso. Não faço ideia do que possa ser, ou do que será.
Só o que sei é o que quero fazer. Um dia de cada vez é o que pretendo agora...



Enquanto isso, anoitece em certas regiões, e eu não devo aparecer por aqui senão em raros espasmos de explicações entrecortadas. Como eu...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Morte e Todos os Seus Amigos II


"No, I don't want a battle from beginning to end
I don't wanna cycle of recycle revenge
I don't wanna to follow death and all of his friends"





[CAPA DO ÁLBUM 'VIVA LA VIDA', DA BANDA COLDPLAY]

sábado, 4 de setembro de 2010

Dando as Caras...

E não é que resolvi dar as caras aqui novamente? Sim, resolvi aparecer. Resolvi dizer que estou vivo. De novo. E dizer também que é tudo novo, que é tudo diferente. Complicado e diferente, porque eu nem sei mais viver. Nem sei mais o que dizer, o que pensar. Por isso fazia tempos que nada falava. Por isso aqui estou sem dizer nada.
Mas é verdade que desaprendi de viver - culpa da faxina geral e da mudança de muitos fatos imutáveis. Culpa de alguns esqueletos que resolvi colocar para fora do armário.
E agora tento fazer as pessoas entenderem que não quero ser entendido. Então compreendam isso: não há nada aqui para compreender. Não há julgamentos. Não há passado. Não há futuro. Apenas o que há é uma tela em branco aguardando pela tinta. E ela não sabe o que vai ser, apenas tem ideia do que gostaria de ser, mas sempre vai pensar que ser o que deseja seria pedir demais.
Entendeu? Se você entendeu, então é porque não entendeu nada ou não prestou a devida atenção ao que acabei de escrever. Releia, por favor.
Como disse antes, não há o que ser entendido aqui...